quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

O Esgoto Transborda

O Mundo está cheio de merdoca. No Ocidente, são geralmente cagalhões fartos, compridos, gordos, molhaditos. Portugal, como país mais atrasado, numa pontita da Europa, perto do Norte de África e tal, apresenta muitas caganitas fracotas, secas, mirradas, saídas de rabitos magricelas e flácidos, acompanhados por gases ruidosos, mal-cheirosos, mas de curto efeito. Esses cócós insignificantes julgam-se muito importantes, procuram colocar-se em lugares de destaque, trazem os cócós seus parentes para perto, tentando manter o cheiro por mais tempo. Como cedo o pivetinho enfraquece, vão juntando mais lixo nas redondezas, tudo o que cheira mal é atraído. Os fracotes que querem parecer fortes vão-se chegando, passando por cima de tudo e todos, acumulando toda a imundice para si, na tentativa de tresandar. Como seria de esperar, tanta trampa junta incomoda. Tudo se passa a céu aberto e o velho hábito de aguentar o cheirito começa a tornar-se incomportável com a podridão hoje sentida. A altura de usar o autoclismo aproxima-se. O WC Pato não está longe da mão. Gordos ou magros, a merda é sempre a mesma, e não resiste à água limpa em queda. Sigam todos para a ETAR.

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