domingo, 13 de setembro de 2009

Death versus silêncio

Ela dita-me os sonhos de ponta a ponta, sonhos prateados, sonhos prateados em céus negros, faz-me crer que a escuridão é a mão mansa da utopia. A escravidão o ultimo reduto dos vencidos. Creio que algures entre as horas mortas da noite, perdidos, estão os meus ridículos pedidos e aspirações, martelados em desespero, ungidos de urgência. Disfarçados de vontade. As luzes que outrora pareciam difusas parecem agora pontos ínfimos de luz, e tal como eu tendem a desaparecer em luminosidade.Tal como eu reduzem-se a pontos insignificantes, ate deixarem de ser vistas, apontadas ou admiradas, pontos ao acaso na via láctea. Quase que o oiço, o silêncio. Habituei-me a ele de tal forma que já lhe conheço as formas, tamanhos e sons. O silêncio cheira a paz, paredes brancas e a pinho. Começa por chegar suave, quase que inaudível e aos poucos ocupa a divisão inteira, a casa e o bairro. Instala-se com toda a vontade de quem foi convidado e parece instalar-se quase que definitivamente. Abraça-me quanto tremo involuntariamente o meu corpo lembrado de que esta frio como o toque da morte.

Sem comentários: