A mulher barbuda goza com o careca. Diz que é única e carecas há muitos. O careca diz que é dos carecas que as mulheres gostam mais e que existem clubes de carecas, o que é muito fixe. A mulher barbuda diz que não gosta nada, que prefere os cabeludos, que não se juntam em clubes para se apoiarem nas suas tristezas. O careca responde que não interessa, porque os homens, cabeludos ou não, não gostam de mulheres barbudas, nem costumam ir ao circo vê-las. Ela diz que é mentira. Ninguém vai é ao circo ver carecas, que têm de se juntar uns com os outros para terem companhia, e que existem muitos homens, até famosos, que gostam dela porque lhes lembra os carinhos que os pais lhes davam em pequenos. Os pais e as mães. O careca diz que ela é doente mental, porque aquilo tudo é perversão e invenção sua. A mulher barbuda manda-o para um entre pernas masculino, e diz-lhe que ele tem é vontade de lhe saltar para cima mas que ela não deixa, nem que venha a ser o último homem no planeta. O careca baixa a cabeça, vira-se e abandona o local.
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