quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Molotov, bombista e cozinheiro?

Quem foi Molotov?
Viatcheslav Mikhailovitch Molotov, nascido Viatcheslav Mikhailovitch Scriábin, foi um diplomata e político da União Soviética com destaque entre os anos 20 e 50 do século XX. Era filho de um pequeno comerciante e foi educado numa escola secundária em Kazan, onde se juntou à facção bolchevique do Partido Operário Social-Democrata Russo, em 1906. Adoptou o pseudónimo de Molotov (do russo molot, "martelo"). Foi preso em 1909 e passou dois anos de exílio na Sibéria. Em 1911 inscreveu-se na Universidade Politécnica de São Petersburgo, e tornou-se um dos editores do Pravda, o jornal bolchevique clandestino do qual Josef Stalin também era editor. Em 1913 foi preso novamente e deportado, tendo escapado em 1915 e retornado à capital. Em 1920 ingressou no Comité Central do PCUS. Foi dirigente da Internacional Socialista no período 1928-1934.
Na qualidade de membro do Politburo, foi responsável pela campanha de requisições das colheitas na Ucrânia, causando a fome-genocídio de 1932-1933, o Holodomor. Sendo um dos principais colaboradores de Stalin, foi Ministro de Relações Exteriores da URSS no período 1939-1949 e 1953-1956). Em 1957, foi afastado da direcção do Partido por Nikita Khrushchov, em virtude da sua oposição à "desestalinização" e nomeado embaixador na Mongólia, cargo que exerceu entre 1957 e 1960, tendo, logo após, sido indicado para chefiar a representação da URSS na Organização Internacional de Energia Atómica sediada em Viena, tendo permanecido neste cargo até 1962, ao ser excluído do Partido Comunista. Foi readmitido no Partido em 1984.
A sua mais relevante participação na história mundial foi a assinatura do Tratado Molotov-Ribbentrop, o pacto de não-agressão firmado entre a União Soviética e a Alemanha Nazi em 1939. O tratado perdurou até ao dia 22 de junho de 1941, quando Adolf Hitler quebrou o pacto, ordenando a invasão do território soviético na chamada Operação Barbarossa. (ver Wikipédia)
Porquê Coquetail Molotov?
O coquetail molotov é uma arma incendiária geralmente utilizada em protestos e guerrilhas urbanas. O nome foi atribuido, por ironia, pelos finlandeses, durante a invasão soviética na guerra de Inverno em 1939. O Comissário de Relações Exteriores afirmou em programas de rádio que os soviéticos não estavam a deitar bombas sobre os finlandeses, mas sim fornecendo-lhes alimentos. Esses últimos passaram a designar as bombas russas de "cestas de pão de Molotov", e a denominar as suas bombas artesanais de "Coquetail Molotov". (ver Wikipédia)
E Porquê Pudim Molotov?
O nome original deste doce é «Pudim Malakof» e está relacionado com a guerra da Crimeia que decorreu em 1854 e 1855. Malakof é o nome de uma fortaleza que protegia a cidade de Sebastopol. O general francês Pélissier tomou esta fortaleza e recebeu o título de duque de Malakof.
É uma sobremesa de tempos de guerra, visto que é feita com claras de ovo. Por exemplo, em Portugal, é frequente fazermos este pudim para aproveitarmos as claras que sobram da receita do pão-de-ló, que usa apenas as gemas dos ovos.
Provavelmente por confusão com Molotov, o povo português passou a designar também esta sobremesa por «pudim Molotov». (ver C
iberdúvidas da Língua Portuguesa)
Afinal, o homem era um político como outro qualquer. Mandava outros atirarem as bombas, como se fossem doces.

2 comentários:

Cristina H. disse...

"Coquetail" assim escrito??? Que raio!!! Vê lá se não foste à wikipedia brasileira...

Dr. Mau disse...

Também nunca tinha visto, mas deixa-me dizer-te que era assim que estava escrito e que fazia a diferença específica entre esta forma (supostamente à portuguesa) e coquetel ("cóquiteu", supostamente à brasileira). Enfim, cocktail será a cauda de um frango inglês, ou assim... Caga.