Um coração bate. O sangue corre nas veias. A pele permanece quente. O calor emana. Junta-se ao ar frio. Criam-se correntes de ar. Atravessam as casas. Estremecem as folhas das árvores. Empurram as velas dos barcos. Suportam as asas dos pássaros. Acariciam as areias dos desertos. Desenham as ondas dos mares. Moldam as rochas. Arrastam os aromas. Deslocam as nuvens. Saboreiam as chuvas. Conhecem os mundos. Transportam os sonhos. Circundam os homens. Deixam-se respirar. Outros corações batem.
...
Um coração bate. O sangue corre nas veias. A cabeça permanece quente. O calor aperta. Junta-se à alma fria. Criam-se correntes de ódio. Destroem as casas. Queimam as folhas das árvores. Rasgam as velas dos barcos. Quebram as asas dos pássaros. Levantam as areias dos desertos. Agigantam as ondas dos mares. Ferem as rochas. Arrastam a destruição. Envenenam as nuvens. Escurecem as chuvas. Adoecem os mundos. Realizam os pesadelos. Trespassam os homens. Deixam-se respirar. Outros corações param.
Um coração bate. O sangue corre nas veias. A cabeça permanece quente. O calor aperta. Junta-se à alma fria. Criam-se correntes de ódio. Destroem as casas. Queimam as folhas das árvores. Rasgam as velas dos barcos. Quebram as asas dos pássaros. Levantam as areias dos desertos. Agigantam as ondas dos mares. Ferem as rochas. Arrastam a destruição. Envenenam as nuvens. Escurecem as chuvas. Adoecem os mundos. Realizam os pesadelos. Trespassam os homens. Deixam-se respirar. Outros corações param.
...
Temos consciência disto, mas depois, como se não bastasse, ainda encontramos esta foto numa revista antiga (Op) e ficamos chateados.
Sem comentários:
Enviar um comentário