segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Sei de uma luz

Tenho uma luz no meu ouvido direito
Não sei de onde vem, nem como, nem porquê
Mas sai uma luz forte do meu ouvido direito
De dia, há quem olhe para mim, tentando perceber o que tenho lá dentro
De noite, toda a gente a vê
Tenho uma luz no meu ouvido direito
Não sei de onde vem, nem como, nem porquê
Mas brilha uma luz no meu ouvido direito
Não serve para me iluminar o caminho, porque não aponta para a frente
E ilumina-me o quarto quando quero dormir
Tenho uma luz no meu ouvido direito
Não sei de onde vem, nem como, nem porquê
Mas existe uma luz no meu ouvido direito
Não me sento à esquerda de ninguém, a não ser que queira mesmo chatear
Não consigo esconder-me ou passar despercebido
Tenho uma luz no meu ouvido direito
Não sei de onde vem, nem como, nem porquê
Mas ouço uma luz no meu ouvido direito
Se tapo o ouvido deixo de ver, porque fico encandeado
A luz espalha-se por dentro do meu crâneo
Tenho uma merda de uma luz no meu ouvido direito
Não sei de onde vem, nem como, nem o caraças
Mas vive uma luz no meu ouvido direito
Anda uma traça de volta de mim como uma louca
Se lhe ponho as mãos acabo com ela

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