Apoio JC

Bom dia, caro colega.

Esses auto-intitulados "amigos de José Cid", fazem parte da grande conspiração "Contra-JC". Levantam, disfarçadamente, polémicas infundadas, ridicularizando aquele grande ícone da grandiosa pop nacional independente alternativa, de forma a dar a ideia de que o estão a apoiar, livrando-se, assim, de prováveis processos por difamação e perseguição. Esses "amigos" são senhores da alta sociedade, grande indústria e política portuguesa e estrangeira, que apreciam e apoiam financeiramente músicos como Emanuel (aquele que desgraçou o outro grande colosso da nossa pop, Marco Paulo) e Tony Carreira (que lançou já o seu filho numa carreira de sucesso garantido), difundindo a ignorância no nosso país. Alimentam o abandono escolar e definem a programação de televisões e rádios, escolhendo governos e presidentes, que promovem, por sua vez, uma ideia de que tudo está bem.

JC é um símbolo de resistência. Desde sempre, é um lutador anti-sistema. As suas letras apresentam mensagens ocultas de força e esperança na mudança das ideias e ideais. A "música da banana", que mencionas, apresenta um código conhecido por poucos, e deu azo à Revolução de Abril de 74. Segundo analistas, JC referia-se ao sofrimento de homens perseguidos pela ditadura, enquanto se escondiam e sofriam de saudades de seus amores. A referência ao macaco seria uma comparação com o sofrimento dos homens que partiam nas caravelas, muitas vezes com destino a África, e que temiam não voltar a ver as mulheres amadas, mas seria também uma forma codificada de os identificar como homens de ideias, verdadeiros consumidores das "bananas", uma vez que, o "cacho de bananas" representaria essas ideias a esconder. "Comi comi", seria referente ao acto de discutir ideais proibidos com colegas fugitivos, um verdadeiro banquete de ideias.

JC, o grande e único, perdeu o olho enquanto jogava berlinde com um seu colega de infância, Salgueiro Maia, de forma nunca revelada pelos dois. Ainda hoje, por respeito ao seu falecido amigo, trás consigo esse berlinde, no lugar onde, antes, estava o olho perdido.

Os analistas comparam compulsiva e loucamente José Cid com Camões, não só pela sua escrita épica (conheces certamente temas como "El Rei D. Sebastião"), mas também pela sua cegueira num olho. Provavelmente será reconhecida a sua grandeza dentro de 500 anos.

Cordialmente,

Dr. Mau