domingo, 9 de novembro de 2008

Sem Título (Pfff!)


Excelentíssimo Senhor Deus,

É com toda a consideração e satisfação que lhe envio a minha arte de uma manhã de sonho. Um dia árduo de inspiração, em que cada gesto constituiu a dolorosa realização de uma intenção intemporal e única, sem qualquer pré-tensão na prevenção e na crítica sustentável do ser na sua leveza e beleza. A estética complicada da simplicidade veta os vectores da sociedade capitalista, generalista e descuidada em que existimos. A dor do poeta nas cores, o sofrimento do músico em congelação. Toda a comunidade de sentidos num minúsculo apontar de gerações. Enfim, um pretensiosismo sem fim, em que cada obra vale por si mesma, sem definição, sem congregação, sem filiação, sem associativismo. Espero que lhe agrade.

Com toda a cordialidade,

Dr. Mau

Sem comentários: