Empaladora de ratazanas, ouvi a minha prece: escutai com a devida atenção, aqui, hoje e sempre sereis banha descurada, orifícios imundos de gordura. Paladinos, os orgasmos que desdenhas com esses lábios gretados de imundície. Essas carnes flácidas que teimas exibir descaradamente são solo de uma outra dimensão. Esses olhos virulentos são como punhais espetados em frescas carnes. Olhai, olhai bem este corpo disforme que se ajoelha perante vós, olhai bem estes olhos que há muito estão mortiços, trementes de tanta usura. Olhai bem, oh amoral princesa e rainha deste lodaçal, vede como estes joelhos vergados vós indicam o trilho da solidão, da amargura, do vazio, da escuridão.
Hoje aqui perante tão nobre audiência vocifero em grande desespero a minha vontade de deixar de ser carne e gordura e ossos quebradiços, vocifero a minha vontade de deixar de ser humanidade e passar a ser restos de uma qualquer anódina galáxia.
O fedor da Humanidade consome-me. O hálito da humanidade ateia-me um feérico fogo de auto destruição. Vomito imprecações no porvir de uma qualquer bonança. Rastejo, inumana, a espera...
P.S: Está bem, eu deixo a droga.
domingo, 2 de novembro de 2008
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Confesso que essa droga é das boas. Olha que já não é fácil nos dias de hoje arranjar droga que nos dê para escrever sobre o folguedo de uma meretriz. Não a deixes, guarda-a para os amigos!
Enviar um comentário